Com o crescimento dos índices de suicídio, aumenta a quantidade de enlutados que necessitam ter seu cuidado expandido, pois a morte autoinfligida gera sofrimento nas pessoas que ficaram e vivenciaram suas repercussões. Mas apesar do tamanho do problema, há pouco apoio para os familiares que convivem com esse vazio.
Segundo a Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio, cada morte por suicídio afeta, em média, outras 135 pessoas, que ficam psicologicamente abaladas e traumatizadas. Essas, vivem um luto diferente. O sofrimento de quem era próximo de alguém que tirou a própria vida tem suas particularidades. “É um luto mais intenso, duradouro, repleto de 'por quês' e com muito estigma", de acordo com a psicóloga Karen Scavacini. As pessoas que vivem esse luto tendem a sentir culpa, vergonha, raiva, impotência. Nessas horas, algumas pequenas ações podem ajudar a passar por esse momento e diminuir a cicatriz emocional:
Entenda seu luto: certos sentimentos surgem com força. Além dos já mencionados, a raiva pode dominar a mente.
Não se culpe: é impossível controlar todas as ações de alguém, e o suicídio quase nunca acontece por uma causa.
Aceite ajuda: pode ser para aliviar a depressão ou mesmo para cumprir tarefas diárias. Só deixe claro o que deseja.
Fuja do isolamento: vá atrás dos amigos que fazem bem a você. Ou converse com quem já passou por esse drama.
Evite mentir: contar a real causa da morte auxilia os outros a entenderem melhor e respeitarem a situação. Mas, se não quiser, você não precisa se alongar sobre o assunto.
Maneire nas decisões: a confusão mental logo após o falecimento de alguém amado não combina com grandes escolhas.
Cuide da saúde: às vezes a fome não vem, mas tente comer alimentos saudáveis para ganhar um pouco de ânimo. E esse é só um exemplo.
Referência:
saude.abril.com.br.