A relação entre reposição hormonal e câncer
02/06/2016 - Atualizado por: Wolnei - Categoria: Saúde - Tags: dicas saudeA reposição hormonal pode ser indicada pelo médico para as mulheres em algumas situações específicas, como no período da menopausa. No entanto, muitas são as dúvidas relacionadas aos possíveis efeitos colaterais e o risco de desenvolvimento de câncer.
Dr. Glauco Baiocchi Neto, Diretor do Núcleo de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, esclarece que, em geral, mulheres que fazem reposição hormonal devem combinar o uso de estrogênio e de progesterona. “Isso porque utilizar somente o estrogênio aumenta o risco de desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas e até de câncer de endométrio”, explica. “Já a progesterona é o hormônio que faz a contraposição desse estímulo provocado pelo estrogênio no endométrio”.
O câncer de endométrio (ou corpo do útero) corresponde a aproximadamente 3,6% de todos os cânceres femininos e, durante a vida, as mulheres têm risco de 2,6% de desenvolver a doença. Em casos de pacientes que tiveram o diagnóstico de tumor no endométrio e passaram por cirurgia, a reposição hormonal é contraindicada na maioria das vezes.
Os riscos da reposição hormonal para o desenvolvimento de tumores no ovário é assunto bastante controverso. No entanto, para situações pós-cirúrgicas desse tipo de câncer, a regra geral é a mesma: “A rigor, não se faz reposição hormonal em casos pós-cirurgia. Nem de câncer de endométrio, nem de ovário”, afirma Dr. Glauco.
Já em relação ao desenvolvimento de câncer de mama, o grande vilão é o uso de progesterona por mais de cinco anos. Por isso, o especialista recomenda sempre consultar um ginecologista para melhor orientação de cada caso.
Fonte: Dr. Glauco Baiocchi Neto, Diretor do Núcleo de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center. CRM 97051.