Câncer de mama

Há avanços na medicina, mas prevenção e diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas contra a doença.

O câncer de mama é um tumor predominantemente feminino, mas que também, em casos raros, pode acometer homens. É um dos tipos de câncer mais temidos pelas mulheres devido sua alta incidência no país e por afetar, além da saúde física, a percepção da sexualidade feminina e da imagem pessoal da mulher. Mas, segundo Dra. Maria do Socorro Maciel, Diretora do Núcleo de Mastologia do Hospital A.C.Camargo, nos últimos anos o diagnóstico precoce aliado à evolução da medicina tem contribuído para que se alcance melhores resultados no tratamento da doença. “Ao ser diagnosticado em sua fase inicial, cerca de 95% dos casos são passíveis de cura”, informa.

Diagnóstico precoce

De acordo com a oncologista, o exame de mamografia é a principal ferramenta para a detecção do tumor em seu estágio inicial e o melhor método de rastreamento na população assintomática. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a primeira mamografia seja realizada a partir dos 40 anos. O cenário muda para aquelas que apresentam histórico de câncer na família entre parentes de primeiro grau (mãe ou irmã), que devem iniciar o acompanhamento médico e realizar a primeira mamografia dez anos antes da idade com que a parente apresentou a doença.

Prevenção

Na avaliação de Dra. Maria do Socorro, nos últimos anos, a medicina tem avançado muito no tratamento do câncer de mama. A prevenção, no entanto, continua a ser a melhor arma contra o aumento das estatísticas da doença e começa pelo conhecimento dos fatores de risco do câncer de mama. Entre eles, os principais são: ser mulher e ter idade acima de 50 anos; primeira menstruação precoce (antes de 12 anos); menopausa tardia (depois de 55 anos); mulheres que nunca tiveram filhos; mulheres que efetuaram uso de reposição hormonal (acima de cinco anos) na menopausa; a presença de histórico na família; obesidade, consumo de álcool e tabagismo.

O segundo passo é evitar os fatores de riscos que são possíveis: adotar uma alimentação saudável e equilibrada, com ausência de gorduras e consumo de frutas, legumes e verduras; praticar atividade física; manter o peso adequado; não fumar; evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Muito importante é manter as consultas anuais ao ginecologista e sempre realizar os exames solicitados. “A partir dos 30 anos, o exame físico deve ser feito pelo seu médico todo ano. Ele recomendará exames complementares, quando necessário”, diz. Outra recomendação é estar atenta aos sinais de alerta de seu corpo. Sintomas como o aparecimento de algum nódulo, inchaço, ulceração da pele, sangramento ou distorção do mamilo e alteração da aréola podem ser sinais de algum problema. Embora o câncer de mama no início não apresente dor, qualquer dor mamária fora do período menstrual deve ser relatada ao médico. Além disso, o auto-exame de mama deve ser realizado todos os meses e se você perceber qualquer alteração, informe seu médico.

Para mais informações, acesse o site

www.accamargo.org.br