Câncer de Mama e Amamentação

No Outubro Rosa, lembre-se de que amamentar protege contra o câncer de mama.

Neste mês, o mundo se volta para a conscientização contra o câncer de mama por meio do movimento Outubro Rosa, uma campanha que teve início nos Estados Unidos, em 1990, e foi abraçada por diversos países, inclusive o Brasil. O câncer de mama é a doença oncológica de maior incidência entre as mulheres. No Brasil, serão 57 mil casos diagnosticados em 2014, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca).

Assim, além cuidar da saúde e realizar anualmente a mamografia – principal exame para diagnóstico precoce do câncer de mama –, é importante saber que amamentar é uma forma natural de prevenção do câncer de mama. “Na amamentação, as células das mamas se desenvolvem por completo e ficam mais resistentes a transformações que poderiam levar ao câncer”, afirma Dr. José Luiz Barbosa Bevilacqua, Diretor do Núcleo de Mastologia do A.C.Camargo Cancer Center.

Quando diagnosticado na gravidez, a doença deve ser tratada apropriadamente, mas Dr. Bevilacqua diz que, felizmente, câncer de mama na gravidez é raro. “Se o tratamento persistir após o nascimento do bebê, a mãe não poderá amamentar devido à toxidade das terapias”, ressalta.

Para mulheres que tiveram câncer de mama e foram submetidas com sucesso ao tratamento não há contraindicação para engravidar, desde que seja de forma natural. “A gravidez induzida por métodos de fertilização para essas pacientes não é indicada porque não temos dados que comprovem a segurança desse procedimento”, alerta. Outro aspecto a ser considerado é se o tratamento a que a mulher foi submetida prejudicou de alguma forma sua fertilidade. Já para amamentação, não há contraindicação, mas, no caso de cirurgias nas mamas, a possibilidade de amamentar vai depender da preservação dessa função do órgão, explica Dr. Bevilacqua.

^{Dr. Jarbas J. Salto Jr. - Responsável Técnico - CRM SP 62963}

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