Câncer de vulva: atenção aos sinais e diagnóstico precoce elevam as chances de sucesso no tratamento

A vulva é a região genital feminina formada pelos lábios maiores, lábios menores, clitóris e introito vaginal. E acredite, essa parte do corpo também pode desenvolver câncer. Esse tipo de tumor é responsável por 0,5% de todos os cânceres que acometem as mulheres e 5% dos cânceres ginecológicos. Segundo Dr. Glauco Baiocchi Neto, Diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, a maior incidência ocorre a partir dos 70 anos. “A maioria dos casos está relacionada à atrofia vulvar”, informa. O vírus HPV pode também contribuir para o desenvolvimento do câncer de vulva e está relacionado com cerca de 40% dos casos.

Sintomas e terapias

Além de realizar os exames ginecológicos periodicamente, as mulheres devem procurar um especialista ao notar sinais característicos do câncer de vulva, como prurido crônico, nodulação ou sangramento.

Esse tipo de tumor é tratado com cirurgia. Para tumores em fase inicial, o tratamento inclui cirurgia para remoção do tumor com margem livre de tecido e os gânglios linfáticos inguinais (na virilha) são avaliados pelo estudo do linfonodo sentinela, que consiste em  retirada e análise, inicialmente, de um gânglio que é o primeiro a ser acometido. Já no caso de tumores em estágio mais avançado, pode ser necessária a retirada de toda a vulva e todos os gânglios da virilha (esvaziamento dos gânglios linfáticos inguinais). Além disso, a paciente pode ter que receber quimioterapia e radioterapia – antes ou depois da cirurgia.

As técnicas de tratamento do câncer de vulva têm evoluído nos últimos anos. Hoje é possível fazer avaliação mais precisa da doença e o tratamento permite preservar partes da vulva que não precisam ser removidas, reduzindo sequelas típicas desse tipo de tratamento, como o inchaço crônico das pernas.

^{Dr. Jarbas J. Salto Jr. - Responsável Técnico - CRM SP 62963}

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