Conheça as principais síndromes hereditárias relacionadas ao desenvolvimento do câncer

28/04/2016 - Atualizado por: Wolnei - Categoria: Saúde - Tags: dicas saude

Entre 5% e 10% dos casos de câncer são hereditários, isto é, causados por alterações genéticas transmitidas de uma geração para outra na mesma família. Segundo Dr. Alexandre André da Costa, Médico Titular do Departamento de Oncogenética e da Oncologia Clínica do A.C.Camargo Cancer Center, é importante estar atento a sinais que apontam para a existência de síndrome genética. “Por exemplo, quando há na família casos de câncer de mama em mulheres com 35 anos de idade ou menos, ou pessoas que desenvolveram mais de um tipo de câncer em partes diferentes do organismo, ou ainda várias pessoas na família com o mesmo tipo de câncer”, informa o especialista.

Aconselhamento genético

Caso se enquadre em algum desses perfis, a pessoa deve procurar um oncogeneticista para aconselhamento genético. Nessa fase, são levantadas informações sobre saúde, estilo de vida e a existência de casos de câncer em parentes de primeiro e segundo grau, o que facilita o trabalho de acompanhamento e a adoção de medidas preventivas. A partir daí, o especialista pode solicitar testes genéticos ou outros exames.

As principais síndromes hereditárias

Câncer de mama e de ovário (genes BRCA1 e BRCA2): essa mutação aumenta entre 40% e 80% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama e de 15% a 40% o de ovário. No caso dos homens, essa mutação aumenta o risco de câncer de próstata e de mama.

Lynch (genes MLH1 e MSH2, e também nos genes MHH6 ou PMS2): aumenta o risco de desenvolvimento de tumores no cólon e no reto. Além disso, pode elevar a predisposição ao câncer em outras regiões do corpo, como intestino delgado, endométrio, estômago, ovários, vias urinárias e mama.

Polipose Adenomatosa Familial - FAP (gene APC): o portador desenvolve inúmeros pólipos no intestino grosso entre 12 e 18 anos de idade, aumentando o risco de câncer de intestino e tumores desmoides.

Li-Fraumeni (gene TP53): desenvolvimento de vários tipos de tumores, principalmente câncer de mama, sarcomas, tumores de sistema nervoso central e tumores na suprarrenal.

Melanoma Familial (genes CDKN2A e CDK4): eleva as chances de uma pessoa desenvolver melanoma e outros tipos de doenças oncológicas, como câncer de pâncreas e tumores do Sistema Nervoso Central (SNC).

Independentemente da herança genética, é sempre importante adotar um estilo de vida que contribua para prevenir o câncer. “Por exemplo, manter uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas regularmente, não fumar e controlar a obesidade”, diz Dr. Alexandre.

Fonte: Dr. Alexandre André da Costa, Médico Titular do Departamento de Oncogenética e da Oncologia Clínica do A.C.Camargo Cancer Center – CRM 122443








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