Estatísticas mais recentes apontam avanço das doenças oncológicas
21/05/2014 - Atualizado por: Wolnei - Categoria: Saúde - Tags: dicas saudeEm 2014 deverão ser diagnosticados cerca de 576 mil novos casos de câncer no Brasil, incluindo os de pele não melanoma, segundo a mais recente estatística divulgada pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva). O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil). As estatísticas apontam para o avanço das doenças oncológicas que já se tornaram um problema de saúde pública, afirma o cirurgião oncologista Dr. Ademar Lopes, Vice-Presidente da Fundação Antônio Prudente,<span style="font-family: " ms="" gothic";="" mso-ascii-font-family:="" "times="" new="" roman";="" mso-hansi-font-family:="" roman";"="" lang="ZH-CN"> mantenedora do A.C.Camargo Cancer Center.
“Para enfrentar e vencer o câncer a principal medida é proporcionar o diagnóstico precoce que eleva o índice de cura dos diversos tipos da doença a 90% e permite o uso de terapêuticas menos agressivas, afirma o especialista. “Para isso, no entanto, precisaríamos contar com médicos bem formados, um sistema de saúde pública bem estruturado e população conscientizada. Mas, atualmente, menos de dez faculdades de medicina do país contam com a oncologia como matéria obrigatória na grade curricular”, alerta. A informação sobre a doença é a melhor amiga do diagnóstico precoce seja para os médicos ou leigos. Para esses últimos, Dr. Ademar dá dicas muito importantes sobre os tipos mais incidentes de câncer. Confira.
Câncer de próstata: comum no público masculino. Os principais fatores de risco são a idade e propensão em função de hereditariedade. A doença também tem maior incidência em pessoas da raça negra. O diagnóstico precoce é realizado por meio de exame de toque retal e PSA, solicitados pelo urologista e indicados para homens com idade superior a 50 anos. Para os que apresentam casos de câncer em familiares de primeiro grau, o recomendado é iniciar essa rotina de exames a partir de cinco ou dez anos antes da idade em que o familiar apresentou câncer.
Câncer de mama: doença oncológica mais frequente na mulher brasileira, o câncer de mama tem entre seus fatores de risco a hereditariedade, quando a mulher apresenta história familiar de câncer em parentes de primeiro grau. Além disso, também constituem pontos de atenção em relação a maior incidência da doença: ter a primeira menstruação precocemente, antes dos 12 anos; menopausa tardia, após os 55 anos; e realizar reposição hormonal em função da menopausa por período superior a cinco anos. Outros fatores de riscos são o fumo, o álcool e a obesidade. Para diagnosticar precocemente a doença, o principal exame é a mamografia, que deve ser realizada a partir dos 50 anos para quem não tem casos de câncer na família, e repetida a cada um ou dois anos, conforme critério médico. Para as mulheres que apresentam história familiar de câncer, a primeira mamografia deve ser realizada mais cedo.
Câncer colorretal: esse tipo de doença oncológica cresceu entre as mulheres. Até 2013 estava em terceiro lugar e, agora, no mais novo estudo do Inca, passou para segundo lugar. O câncer colorretal está relacionado, principalmente, com alimentação rica em gordura. Apenas 8% dos casos tem origem hereditária. O exame para diagnosticar esse tipo de câncer é a colonoscopia, que deve ser realizada a partir dos 50 anos para aqueles que não apresentam casos na família, em parentes de primeiro grau, o que indica a possibilidade de terem herdado a mutação para a doença. No caso de risco hereditário, o indicado é fazer a primeira colonoscopia mais cedo, em torno de oito ou dez anos antes da idade do familiar que teve câncer.
Câncer de colo de útero: em países desenvolvidos, as taxas do câncer de colo de útero estão diminuindo. Atualmente, é uma doença que acomete, principalmente, mulheres dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil, e a maioria dos casos estão ligados a ocorrência do HPV (papiloma vírus humano). O vírus, transmitido por meio de relação sexual, é encontrado em 99% dos casos. Para fazer o diagnóstico precoce da doença é fundamental ao iniciar a vida sexual adotar a visita anual ao ginecologista que, além do exame clínico, pedirá o teste laboratorial chamado Papanicolau, capaz de diagnosticar o câncer de colo de útero.
Câncer de pulmão: é muito difícil diagnosticar precocemente o câncer de pulmão. As tecnologias disponíveis hoje não permitem ao médico visualizar lesões iniciais. Os raios X, diferentemente do que muitos acreditam, não revelam esse tipo de câncer e a ultrassonografia muitas vezes também deixa passar o problema. Dessa forma, o caminho é ficar longe do maior fator de risco para o câncer de pulmão que é o tabagismo.
Fonte: Dr. Ademar Lopes Vice-presidente da Fundação Antônio Prudente, mantenedora do A.C. Camargo Cancer Center, CRM 21.092 |
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Dr. Jarbas J. Salto Jr. - Responsável Técnico - CRM SP 62963
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