Mês da conscientização do câncer de ovário

Entre as doenças oncológicas exclusivas das mulheres é o mais raro e difícil de diagnosticar precocemente

Setembro é o mês de conscientização do câncer de ovário. Apesar da baixa incidência, de todos os tipos de câncer feminino, o de ovário é o mais temido. Isso porque, conforme Dr. Glauco Baiocchi Neto, Diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, é um tipo de câncer em que o diagnóstico precoce, aumenta as chances de cura, e nem sempre acontece, em função de acometer uma região de difícil visualização e por apresentar em seu início sintomas inespecíficos, como dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, prisão de ventre ou diarreia e cansaço.

As causas do câncer de ovário, na maioria dos casos, são desconhecidas. Estudos apontam que sua incidência está associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante (cerca de 10% dos casos). Os genes BRCA1 e BRCA2, que podem causar câncer de mama, também estão correlacionados com o câncer de ovário. Além disso, mulheres que não tiveram filhos, e nunca amamentaram, as que tiveram menopausa tardia ou câncer de mama, parentes de primeiro grau com câncer de ovário apresentam risco mais elevado para a doença.

Dr. Glauco explica que o aparecimento de cistos no ovário não costuma ter relação com câncer. Na maioria das vezes, fazem parte do processo de ovulação da mulher. Apenas quando são grandes e possuem áreas sólidas é necessário realizar cirurgia para esclarecer a dúvida.

O diagnóstico do câncer de ovário pode ser feito no exame ginecológico, no qual o médico detecta prováveis sintomas e poderá pedir a realização da ultrassonografia pélvica transvaginal. Outro recurso diagnóstico é a medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125. Vale ressaltar que o exame Papanicolau não detecta o câncer de ovário, já que é específico para diagnóstico de câncer do colo do útero.

Para prevenir ou diagnosticar precocemente o câncer de ovário é fundamental consultar o ginecologista regularmente; controlar o peso; na alimentação, evitar gordura e aumentar o consumo de fibras; e praticar regularmente atividade física.

Para mais informações, acesse o site

www.accamargo.org.br