Vacina contra HPV é a melhor arma para deter o câncer de colo de útero

22/09/2017 - Atualizado por: Wolnei - Categoria: Saúde - Tags: dicas saude

Exame de Papanicolau é fundamental para a detecção precoce da doença

O câncer de colo de útero é o terceiro mais comum entre as brasileiras e a quarta causa de morte por câncer, embora possa ser prevenido e detectado precocemente. “São 16 mil novos casos por ano no Brasil e 80% dos casos ocorrem em populações pobres”, afirma o Dr. Glauco Baiocchi Neto, diretor de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center.

A causa do câncer é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), de alto risco, que também estão associadas ao câncer ânus, pênis e garganta. De acordo com o Dr. Baiocchi, os HPVs causam lesões pré-cancerosas no colo do útero, que podem ser detectadas pelo Papanicolau.

Nem todas essas lesões pré-cancerosas vão se transformar em câncer, mas, na dúvida, todas as mulheres precisam ser tratadas. A recomendação do INCA é que as mulheres que têm ou tiveram vida sexual e estejam na faixa dos 25 aos 64 anos façam o Papanicolau regularmente. Em caso positivo, o médico pedirá novos exames, entre eles a colposcopia, para identificar as lesões, e a conização, que é retirada de tecido para biópsia quando se diagnostica as lesões pré cancerosas. “O tratamento do câncer envolve cirurgia e radiação e, nos casos mais avançados, a combinação de radiação e quimioterapia”, explica o Dr. Baiocchi, lembrando que o câncer de colo de útero não apresenta sintomas nos estágios iniciais e que quadros como sangramento vaginal após relação sexual e secreção vaginal anormal só costumam aparecer em estágios mais avançados.

“Temos hoje vacinas eficazes contra o HPV e é importantíssimo que os pais vacinem suas filhas e filhos antes do início da vida sexual”, afirma.

Ovário

Outro câncer que atinge as mulheres e raramente apresenta sintomas em estágios iniciais é o de ovário, cujo risco aumenta na pós-menopausa . Além disso, os sintomas podem ser confundidos com problemas gastrointestinais, como a sensação de estufamento após as refeições, dores, inchaço do abdome e prisão de ventre, entre outros.

Não existem exames preventivos específicos para o câncer de ovário, embora o ultrassom transvaginal e o exame CA 125 possam ajudar. “O ultrassom transvaginal detecta eventuais massas no ovário, mas na maioria das vezes não são tumores malignos, e o CA 125, que é um marcador presente no sangue, nem sempre está alto nas mulheres com câncer de ovário e pode estar alterado por vários motivos”, explica o Dr. Baiocchi. Na suspeita de câncer de ovário, os médicos recorrem a tomografia, ressonância magnética e PET-scan. “O tratamento é feito com cirurgia e combinação de terapias como quimioterapia e terapia-alvo”, explica.






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